terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Presidente da Câmara de Comércio expõe oportunidades de negócios entre o Pará e a China


Várias oportunidades de negócios entre o Estado do Pará e a República Popular da China foram expostas por Charles Tang, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China (CCIBC), com base em informações atualizadas da realidade dos mercados internacionais, na última sexta-feira, 6, no Centro Integrado de Governo (CIG). A Câmara mantém convênio com o governo do Pará na representação institucional na China. Durante a exposição, Charles Tang estimulou secretários estaduais e dirigentes empresariais a estreitarem os vínculos com o país asiático.
Charles Tang fez uma retrospectiva das economias do Brasil e da China no cenário mundial, e ressaltou o papel preponderante que a Câmara de Comércio e Indústria tem exercido nos últimos 30 anos, na tarefa de aproximar empresários, reduzir diferenças culturais e impulsionar a balança comercial, com exportações e implantação de projetos que geram empregos para brasileiros e chineses.
Ao falar sobre a identificação de possibilidades de negócios no Estado, o presidente da Câmara sugeriu que o Pará seja um “Estado-irmão” de uma província chinesa, como a Província de Shandong, a mais próspera da China, a fim de receber um tratamento diferenciado.
Ele frisou ainda que o norte do Brasil tem muito para crescer às exportações, especialmente a partir de 2014, quando será inaugurada a obra de alargamento do Canal do Panamá, o que reduzirá a distância da costa norte brasileira para os mercados asiáticos. "Esse 'soft power' (poder de influência) não deve ser desperdiçado no caso do Pará", acrescentou.
A exposição foi assistida pelo secretário Especial de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção, Sidney Rosa, que já esteve na China com uma comitiva de deputados estaduais paraenses; os secretários de Estado de Indústria, Comércio e Mineração, David Leal, e de Pesca e Aquicultura, Henrique Sawaki, além de dirigentes da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-PA), e do deputado estadual Martinho Carmona, que há 12 anos desenvolve um trabalho visando atrair investidores chineses para o Estado.
Oportunidades
Entre os futuros negócios identificados por Tang, há possibilidade de a China implantar no Pará projetos de mineração e de plantas industriais, nos segmentos de siderurgia e metalurgia, além de uma moderna siderúrgica e de fábricas de ônibus, motocicletas ou celulose. Tudo isto com a velocidade chinesa de domínio de iniciativas dessa natureza e qualidade e design de produtos.
No entanto, segundo Charles Tang, as oportunidades de negócios são mais amplas. O alargamento do Canal do Panamá também poderá impulsionar projetos voltados à modernização e construção de portos. O setor de pesca e aquicultura pode ser beneficiado com investimentos e tecnologia chinesa, inclusive para pesca em águas profundas.
Charles Tang encerrou a exposição convidando o governo do Estado a firmar um intercâmbio científico e cultural entre a Universidade do Estado do Pará (Uepa) e universidades estatais da China, iniciativa já viabilizada com o Estado do Mato Grosso. Segundo ele, para que essas oportunidades se concretizem é importante dar segmento aos negócios, evitando interrupções no processo de consolidação desses projetos. 
O presidente da Faepa, Carlos Xavier, expôs as ações e preocupações ambientais da entidade para tornar o Pará um exportador mundial de alimentos. Já a secretária adjunta da Seicom, Maria Amélia Enriquez, aproveitou para expor o potencial do Estado no campo da biodiversidade da floresta. Segundo ela, a secretaria incentivará a cadeia e verticalização da bioindústria, por meio de polos específicos.
O titular da Seicom, David Leal, ressaltou que a secretaria é uma das principais interlocutoras do Estado com a China, e acrescentou que devem ser estabelecidas prioridades visando a verticalização da produção e o aumento da geração de emprego e renda.
O secretário Sidney Rosa agradeceu o apoio de Charles Tang no fortalecimento da relação entre o Pará e a China, e destacou que as oportunidades enumeradas serão priorizadas pelo governo do Estado perante o empresariado.
Serviço: A Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China mantém no endereço www.camarabrasilchina.com.br o calendário de eventos e feiras. Também é possível encontrar um show room virtual de produtos e empresas da China, em português, e do Brasil, em chinês. Em Belém, o escritório da CCIBC-PA funciona na Rua Almirante Wandenlkolk, nº. 811, sala 904. Contatos em Belém: (91) 3224-6917, (91) 8814-0090 epa@ccibc.com.
Texto:
Andréa Amazonas - SEDIP
Fone: (91) 3201-3685 / (91) 9144-6691
Email: andrealia@gmail.com

Pará tem segundo maior saldo comercial do Brasil


Pairando acima da crise que mantém cambaleantes algumas das principais economias do planeta, o Estado do Pará empreendeu um forte ritmo de atividade em 2011 e fechou o ano com o segundo maior saldo comercial do Brasil, registrando variação positiva acima da média nacional. Com mais de US$ 18 bilhões referentes à exportação e o valor recorde de US$ 1,334 bilhão das importações, o Estado voltou a registrar um excepcional superávit, dando mais uma vez decisiva contribuição para o orçamento cambial do país.
Os dados consolidados do comércio exterior paraense, produzidos pelo Centro Internacional de Negócios (CIN) e ontem distribuídos à imprensa, mostram que o Pará fechou o exercício de 2011 com saldo de US$ 16,992 bilhões, valor 45% maior que o do ano anterior. O Estado gerador do maior saldo comercial do país continua sendo Minas Gerais, que registrou no ano passado um superávit de US$ 28,366 bilhões. Os dois Estados têm, em comum, o fato de serem os maiores produtores e exportadores brasileiros de minérios.
De acordo com os números levantados pelo CIN, centro de negócios vinculado à Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), a variação do valor exportado pelo Pará em 2011, comparativamente ao ano anterior, foi de 42,86%. Esse número projeta o Pará à quinta posição no ranking dos maiores exportadores entre os Estados brasileiros. Acima dele, estão apenas, pela ordem, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Um dado curioso, quando se analisa o comportamento dos Estados da Região Norte, no tocante ao comércio exterior, resulta da comparação do Pará e Amazonas. Na lista dos exportadores, o Pará aparece em quinto lugar e o Amazonas numa modesta 17ª colocação. Quando se toma como referência as importações, a situação se inverte. O Pará, que vende muito e compra pouco, cai para a 16ª colocação. Já o Amazonas, que tem suas compras externas turbinadas pela Zona Franca de Manaus, sobe para o 7º lugar. Em 2011, seu déficit comercial atingiu a casa de US$ 11,8 bilhões.
Os dados da balança comercial do ano passado confirmam também o setor mineral como o carro-chefe da economia do Pará, com um grau até excessivo de concentração. Em 2011, a cadeia mineral respondeu por 90,02% do valor relativo às vendas externas do Estado, somando US$ 16,505 bilhões num total de US$ 18,336 bilhões. O minério de ferro bruto foi o produto que mais contribuiu para o crescimento das exportações. A variação nas vendas do minério para o mercado internacional superou os 70%, registrando um valor de US$ 11,770 bilhões
A China foi o país que mais consumiu o produto mineral paraense. Do total exportado em 2011,
US$ 5,802 bilhões foram absorvidos pelo mercado chinês. Além dos produtos minerais, a pimenta-do-reino, o dendê e a carne bovina tiveram bons resultados. A madeira, apesar de uma modesta (2,17%) variação positiva, fechou o ano com vendas externas de US$ 400 milhões.
Segundo o gerente do CIN, Raul Tavares, o Pará deve buscar a diversificação de sua pauta e o fortalecimento do comércio com outros parceiros, através de missões e encontros internacionais. “O objetivo dessa política é reduzir a taxa de vulnerabilidade da economia paraense”, explicou.
EM NÚMEROS
18 bilhão de dólares foram os ganhos registrados pelo Pará com as exportações em 2011.
16,9 bilhão de dólares foi o saldo com que o Estado fechou o ano, valor 45% maior do que o obtido em 2010. 

Aos amigos que não dão importância ao cinto de segurança.. PNEUS DE AVIÃO ESTOURAM DURANTE POUSO EM BELÉM!



Por causa das chuvas, avião da TAM teve pneus estourados quando aterrissou em Belém
Fotos: Bruno Cecim (O Liberal)