segunda-feira, 11 de abril de 2011

Um belo monte de encrencas, antes da energia

blog do marcelo marques.
Quando e se estiver pronta Belo Monte vai produzir 11.233 MW de energia, será a segunda do país em tamanho e a terceira no mundo, construção as margens do Rio Xingú, objeto de polêmicas cada vez maiores.
Para construir esse gigante serão necessários vinte mil homens, mas as previsões dão conta de que mais de cem mil pessoas devem lotar a região.
Entre as discussões os impactos ambientais e sociais desse monstro de concreto e ferro a ser cravado no coração paraense.
Com problemas enormes de saneamento básico, infra-estrutura, saúde e segurança Altamira que hoje tem pouco mais de 100 mil moradores parece não estar preparada para a mudança social que se prevê com Belo Monte. As palafitas crescem na cidade, nunca se viu tantas motos rodando por lá como hoje em um trânsito já violento e bagunçado, e a violência passou a ser uma realidade para a população.
Como se isso não bastasse o Parque de Exposições foi escolhido como palco para a " construção" de um enorme acampamento de barracas de lona preta que abriga muita gente, " obra" da prefeitura local. Isso sem contar que a cidade já vive a realidade de favelas em seu entorno.
Fora tudo isso a questão do alagamento de áreas onde vivem povos indígenas e ribeirinhos vem recebendo até condenação internacional como da OEA e motivando cada vez mais os que são contra a obra a paralisarem constantemente seu início.
A mais recente novidade é a possibilidade da Vale entrar no consórcio pela construção de Belo Monte.
A questão central é o desenvolvimento de toda uma região. Para muitos trata - se de um desenvolvimento que vai gerar um enorme problema social, motivo pelo qual não valeria a pena e não se justificaria Belo Monte.
Do outro lado a questão abordada pelos que são a favor da usina, que defendem ser Belo Monte a única solução para o desenvolvimento da região. E uma alavanca e tanto para o desenvolvimento nacional com sua energia barata e segura.
O fato é que a usina vai mesmo continuar gerando conflitos, discussão e auê até gerar um mísero MW de energia.

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