por Marcelo Marques.
Todos sabem assim como sabem que a terra é redonda que no setor de licitações é onde estão os maiores esquemas de qualquer órgão público.E sabem que é "normal" meia dúzia de empresas serem chamadas antes de um edital sair, serem avisadas do teor do edital e ali mesmo acertarem seus preços e condições para " ganharem" a licitação. Isso acontece sempre, todo dia, em quase toda máquina pública.
Ali está o calcanhar de Aquiles. Depois - ou mesmo antes do anuncio dos "vitoriosos" - vem os 10, 20, 30 por cento ou muitas vezes mais, para gratificar quem passou o serviço.
Aí segue outro esquema mais manjado que a saidinha dos bancos; o valor das obras ou serviços motivo da contratação é reajustado depois de ganha e iniciada sua execução, por mil motivos, desde preços de matéria prima que subiram até um item a mais que se faz necessário acrescentar no objeto licitado. Nessa segunda etapa os valores do serviço ou obra normalmente dobram, proporcionando um plus a mais para todos os envolvidos.
TODO mundo sabe que é assim que funciona. E sempre funcionou.
Enquanto prevalecer a hipocrisia que diz que as coisas normalmente não são assim, permanecerão escancaradas as oportunidades de corrupção para aqueles que estiverem dispostos a isso.
E o problema é que parece que cada dia que passa, mais e mais pessoas estão dispostas.
Resumindo, passou da hora da sociedade debater uma forma de tornar as licitações públicas mais seguras. Não para eles, mas para nós.
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