@ Blog do Andrey Risuenho.: Amazon Beer: Um Brinde a Belém!

fonte: http://www.destemperados.com.br/2011/06/01/amazon-beer-um-brinde-a-belem/

Realizei um dos meus sonhos: conheci Belém do Pará! Muito disso foi culpa do Riq Freire que vivia dizendo que Belém, além de ser Paris na América graças à sua arquitetura, é a também a Tailândia na América graças à riqueza gastronômica.
Eu diria: é tudo isso e mais Buenos Aires na América. Oi? O fato é que Belém e Buenos Aires tomaram uma atitude de macho mesmo e resolveram revitalizar a Estação das Docas, coisa que Porto Alegre e Rio de Janeiro já deveriam ter feito na outra encarnação.
Pois foi lá o nosso primeiro destino assim que desembarcamos na cidade onde Jesus Cristo nasceu, cresceu, jogou bola e aprendeu a pescar, segundo o Claudiomiro. Estávamos numa turma de peso, disposta a desbravar os temperos do norte do país, e morrendo de sede. Por isso nos tocamos pra Amazon Beer fazer um happy hour e o reconhecimento do território.
A Amazon Beer, além de ter sido uma das primeiras casas a se instalar nas Docas, vem sendo eleita por anos a fio como o melhor fim-de-tarde da cidade, além de ser um expoente na produção de cervejas no norte do país.
Levando-se em consideração que o norte do país tem o MENOR consumo de cerveja per capita, trata-se de uma tremenda ousadia. Mas levando-se em consideração que o norte de país é uma das regiões de maior riqueza natural do mundo, e que tem recebido sem ninguém saber visitas dos maiores chefs do mundo para fins de pesquisa, trata-se de um golaço!
Porque vamos pensar pelo seguinte lado: percebam a riqueza de frutas e misturas que temos disponível na região para criar novas categorias de tudo, inclusive de cerveja, e percebam também se o calor da cidade não é estratégico pra provocar nossa sede. Pois é!
Pra comemorar finalmente nossa chegada e aproveitar essa sintonia toda, bora brindar! O primeiro brinde foi feito com Amazon Forest, uma Pilsen brasileira bem levinha.
Daí comecei a perceber o frenesi do povo, que de uma hora pra outra lotou completamente a cervejaria. Taí um exemplo de que pensar diferente, ousar e fazer aquilo que poucos fariam, rende muitos frutos. Frutos não: 30mil litros de cerveja vendida por mês. Hic!
Voltei pra mesa e já tinha um Palmito selvagem de metro, com pimenta e ervas. Segundo o garçom, a comunidade ribeirinha vende essa iguaria todo o santo dia pela manhã. Ele é aberto, assado e servido na casca mesmo. Mãe, só quero comer isso agora, tá? Beijo.
O próximo brinde foi com uma Pilsen Export, a Amazon River.
E como em Belém do Pará a gente não pára (olha o trocadilho: em Belém do PARÁ a gente não PÁRA!) de mastigar, foi a vez do Bolinho de Pato com Tucupi.
Olha a fotinho pornfood aí! Continuo sem saber qual o formato e que gosto tem Tucupi, mas sei que adorei a mistura e que poderia viver disso pro resto dos meus dias.
Desupés brindamos com uma Lager, a Amazon Red. Delícia. Fortinha ela, mas na minha opinião, a melhor até o momento.
E como não dá pra beber de barriga vazia, foi a hora e a vez da Linguiça de Metro recheada com queijo. Irmão, vem pra Belém. Só isso.
Nesse meio tempo, lembro (ahã, lembro sim…) que passou pela mesa a minha preferida de VERDADE. Gostei tanto, mas tanto, que resolvi não tirar foto. Guardei aquele momentinho pra mim. Falo da Amazon Weiss. Baby, me liga. E depois dela brindamos com uma Black. Boa. Não é muito o meu estilo de cerveja, nem tomaria todo o dia, como a Weiss e a Red, mas é muy buena.
Depois, bateu uma saudade da terra natal do Sady e ele pediu Salsicha Bock, como se aqui não existisse. Ok, deixa ele…
A última cerveja a ser provada foi na verdade a mais esperada por todos, por se tratar de uma inovação e de uma notícia que rola forte na rádio-corredor dos cervejeiros desse Brasil-sil-sil. Me refiro à Bacuri Beer, uma cerveja feita de – vejam só! – Bacuri, ganhadora de prêmios e mais prêmios mundo afora. Bacuri, pra quem não sabe, é uma das frutas mais populares do norte do país, e tem um sabor (na minha opinião) bem semelhante a Lichia. Bem, BEM interessante. Talvez seja leve demais, mas é preciso respeitar a natureza e entender que o fruto deve prevalecer aos demais ingredientes
O último dos acepipes foi o Bolinho de Camarão. Sucesso total, mas confesso que já estava satisfeito desde a Salsicha Bock.
Alguém aí me ouviu dizer que tava satisfeito desde a Salsicha Bock? Mas que mentira! Quando surtiu na nossa frente a “sobremesa”, aguei e esqueci da vida lá fora. Pato no Tucupi: o legítimo! Velho, pega na minha mão, relaxa e vem comigo. O pato é um escândalo de tão bom. Tucupi é surreal. Mas o capitão do time na verdade atende pelo nome de Jambu e é aquele verdinho ali em cima. Não vou explicar a sensação que o Jambu dá na boca porque seria diminuí-lo. Só digo que é quase alucinógeno!
Como diz meu pai, não dá pra esgotar. Ideal é abandonar o barco enquanto estamos num momento positivo, pra predominar as boas lembranças e não as negativas. Então chega, fecha a conta a passa a régua. Te digo que não sei qual foi a divisão que fizemos, porque além de meiar cervejas com o Sady ser muito desproporcional, larguei a turma de mão sem pagar quando começaram a baixar Steinhaeger. Passou a ficar feia a briga. Mas acho que to devendo uns 90 reais pra alguém.