
O ministro da Defesa da Bolívia, Walker San Miguel, anunciou, na noite desta sexta-feira, a decretação de estado de sítio no Departamento (Estado) de Pando, onde morreram pelo menos 14 pessoas nos confrontos na quinta-feira.
"Declaramos o estado de sítio em Pando, como nos autoriza a lei", disse ele. "Durante o período de estado de sítio, estão proibidas reuniões com mais de três pessoas, entre a meia-noite e às 6h00 da manhã."
Discotecas e restaurantes também não poderão funcionar nesse horário.
Todos estão proibidos de usar armas de fogo, branca ou qualquer explosivo, podendo ser presos.
As reuniões políticas também estão proibidas.
As Forças Armadas têm ordem de deter qualquer pessoa que não respeite o estado de sítio.
Ao lado de San Miguel, estava o ministro de Governo, Alfredo Rada, que afirmou que "estrangeiros" atuaram nos confrontos em Pando.
San Miguel acrescentou: "Ao que parece, sicários brasileiros e peruanos participaram dos confrontos". As duas autoridades afirmaram que as mortes em Pando foram "crime de lesa humanidade".
Segundo o jornal El Deber, de Santa Cruz de la Sierra, em sua edição online, o presidente do Comitê Civico de Pando, Ricardo Shinokau, teria "fugido" para Brasil, onde pediria "asilo político", temendo represálias.
O governo do presidente Evo Morales acusa o governador de Pando, Leopoldo Fernández, e o Comitê Civico de terem realizado os confrontos, como afirmou o vice-presidente Álvaro García Linera.
Aeroporto
A Bolívia vive uma semana marcada por protestos violentos.
Nesta sexta-feira, de acordo com as rádios locais, uma pessoa morreu quando o Exército tentou evacuar os manifestantes que ocupavam há dias o aeroporto de Cobija, capital de Pando.
Mais de 200 soldados acabaram liberando o aeroporto, apesar da resistência dos manifestantes.
fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/09/080912_boliviasitio.shtml
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